Nasci em 1992.
A partir do momento em que passei a ter a capacidade de compreensão, os filmes que tivessem as artes marciais como seu tema principal de alguma maneira chamavam minha atenção. Viajar nas cenas de luta, onde dois ou mais artistas marciais colocavam-se à prova para decidir qual estilo sobreporia o outro, eram muito frequentes. Apesar dessa imaginação, me ver fazendo essas proezas ficavam apenas no campo da imaginação mesmo.
A partir do momento em que passei a ter a capacidade de compreensão, os filmes que tivessem as artes marciais como seu tema principal de alguma maneira chamavam minha atenção. Viajar nas cenas de luta, onde dois ou mais artistas marciais colocavam-se à prova para decidir qual estilo sobreporia o outro, eram muito frequentes. Apesar dessa imaginação, me ver fazendo essas proezas ficavam apenas no campo da imaginação mesmo.
Tudo isso mudou, quando conheci o Sistema Ving Tsun de Kung Fu através da Moy Yat Ving Tsun Martial Intelligence, e as proezas sobre-humanas vistas nos filmes, davam lugar a proezas e práticas absolutamente humanas, possíveis.
Já servi ao Exército Brasileiro. Da mesma forma que será difícil expressar em palavras as coisas que já vivenciei dentro da caserna aos civis que nunca tiveram contato com as Forças Armadas, o mesmo acontece com as experiências que já pude ter desde que entrei para a Família Moy Jo Lei Ou, do Clã Moy Yat Sang, da Linhagem Moy Yat do Sistema Ving Tsun. Seria ilegítimo com estas mesmas experiências tentar expressar em palavras e ainda querer que as pessoas à minha volta compreendam, é como uma frase que certa vez li: "... e ninguém tente entender! Melhor apenas sentir..."
Recentemente, tive acesso a um dos Domínios que, a meu ver, mais desperta curiosidade dentro das artes marciais: o Mui Fa Jong, cuja prática se dá no Muk Yang Jong, popularmente conhecido por "boneco de madeira".
Meu Si Taai Gung, o Grão Mestre Moy Yat (1938-2001), costumava associá-lo a uma máquina de escrever, onde para saber como manusear é necessário que, no mínimo, a pessoa saiba escrever, e com isso, a máquina refinaria sua habilidade de escrita.
Minha missão daqui pra frente será compreendê-lo... |
Ao trabalhar comigo as duas primeiras partes do domínio, Si Fu, o Mestre Julio Camacho, referiu-se a maneira como o "Jong" deveria ser tocado como aderir, em vez de simplesmente fazer meus braços entrarem em atrito. Não só no momento da prática em si, mas pensar no "aderir" me deu margem para pensar e repensar muitas coisas.
Desde que concluí recentemente a faculdade, pude me dedicar de maneira um pouco mais frequente ao Mo Gun e às suas atividades. Tenho tido a oportunidade de observar e registrar de perto, por exemplo, as inovações e contribuições de Si Fu, para o Sistema Ving Tsun, talvez seja esta uma boa oportunidade para compreender melhor como "aderir"...
Manhã de estudos do Programa Fundamental no Mo Gun. |