quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Dada a largada no ano de 2018 para o Clã Moy Jo Lei Ou!

O ano de 2018, seguindo a sintonia dos momentos finais do ano anterior, começou com muito trabalho com a continuidade das obras e preparativos das instalações do novo Mo Gun da Família Moy Jo Lei Ou. 
Logo na primeira semana do ano, já no novo Mo Gun, Si Fu coordenou uma Aula Inaugural nos moldes do novo conteúdo programático, e mesmo aquele dia estando chuvoso, a atividade pode contar com a adesão, dentre discípulos e To Dai, tornando o início desta nova etapa do trabalho sensacional, além de poder promover interação entre irmãos Kung Fu que nem sempre podem estar juntos, o que pra mim foi de longe, uma das melhores partes daquele dia.
Antes de tudo, foi necessária a manutenção e preparação do espaço de prática. Em uma obra, muitos objetos acabam ficando fora do lugar, além disso, há o acúmulo de diversos tipos de lixos e detritos que inevitavelmente surgem nesse processo. Mais cedo, enquanto preparava o material que viria a usar para pintar as paredes do Jing Tong (algo como salão marcial), meu si hing André Almeida (Moy Mei Da) chamou minha atenção, no sentido de fazer com que eu ficasse atento, quanto ao fato de não ter preparado adequadamente o local da pintura cobrindo o chão, de modo a protegê-lo dos respingos de tinta. Lembro dele ter dito algo sobre o quanto e a forma como eu me preparava para iniciar a pintura, sendo isto o que me diferenciava de um pintor comum, onde este muitas vezes chega ao local de trabalho e apenas o executa, sem se preocupar com a organização do local ao final do trabalho. Isto é, ainda que eu não possua tal habilidade para a pintura, a maneira como utilizo meu Kung Fu a serviço de tal tarefa - ou de qualquer outra - é a questão.


Todos atentos às propostas da prática daquela noite! Como dizemos no Exército: "Olho no guia!" (risos)
Si Fu começou a prática falando sobre Arte Marcial, nos perguntando o que entendíamos a respeito do tema. Assim como Kung Fu, a arte marcial possui algumas interpretações e que estas podem facilmente variar conforme o entendimento do indivíduo. Alguns a entendem como uma arte da guerra, ou uma arte voltada para a guerra. No entanto, precisamos atentar a qual conotação buscaremos esse entendimento, se será através do pensamento greco-romano (ocidental) ou da lógica clássica chinesa. Caso a linha de pensamento adotada seja a segunda, a arte marcial será aquela dotada de um pensamento estratégico no momento que antecede a tomada de decisões. 


Iniciando a Aula Inaugural, Si Fu começou desbravando conosco possíveis interpretações para o termo "Arte Marcial".

Para a prática da aula inaugural, Si Fu utilizou um dos "ditados marciais" do pôster Ving Tsun Kuen Kuit Suen Hak ("Inscultura Sigiliar dos Ditados do Ving Tsun"), pôster este que faz parte de um projeto de autoria de Mestre Leonardo Mordente, lançado em 2015.

Si Fu elucidando o trabalho realizado com o discípulo Fernando Xavier.


Praticando com minha irmã Kung Fu Rúbia. Ao fundo, Si Fu nos observa.

Ao final da prática, como é costume, Si Fu fez alguns apontamentos sobre a forma satisfatória da evolução da proposta inicial, fechando assim, aquela Aula Inaugural marcando o início das atividades do Clã Moy Jo Lei Ou para o ano de 2018. Em seguida, cada um pode também expressar como havia sido a experiência daquele dia, onde, na oportunidade, complementava de maneira bastante assertiva as falas de cada um.
Somente após o encerramento das atividades, na hora de ir embora, pude me dar conta da chuva torrencial que caía naquele momento. Gostaria de deixar registrado aqui meus sinceros agradecimentos ao si hing Vlad Anchieta pela carona até a estação de BRT! Mesmo tendo chegado molhado à estação, fez toda a diferença!

Apesar dos percalços (para mim, risos), foi uma noite memorável!


Márcia Moura, companheira de Si Fu, também participou da prática contribuindo ainda mais com suas impressões sobre o trabalho realizado.



À esquerda Si Fu, ladeado por Mestre Thiago Pereira, seu discípulo de nº 2, e por fim, eu.















Uma história do Discípulo de Mestre Julio Camacho

fabianogranado.myvt@gmail.com